sexta-feira, 7 de agosto de 2009

07 DE AGOSTO DE 2009.

No momento encontro-me reunida com as Promotoras de leitura do Projeto Biblioteca Livro em Roda de Nova Palmeira. São 20.15h. Estamos trocando figurinhas, a respeto de coma anda o projeto e como elas estão ponto em prática a proposta da wbbquest "Lendo Contos eu Conto". A conversa está interessante, mais ainda por que o gosto pela leitura dos contos que elas setão desenvolvendo, está chegando até às crianças, participantes do projeto.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

ACOMPANHAMENTO DA AVALIAÇÃO

A partir deste momento vamos conhecer a definição para o avaliador. Um
avaliador é aquele que acompanha, avalia, intervém e reorienta a
aprendizagem dos estudantes. A avaliação é parte integrante de nossas
vidas, pois rotineiramente nos colocamos na situação de avaliadores em
determinadas situações. Avaliamos por exemplo o desempenho dos nossos
colegas no trabalho, ou o desempenho dos jogadores do nosso time de
futebol e avaliamos ainda o desempenho do prefeito que elegemos para a
nossa cidade, não é mesmo? Percebemos nestes exemplos que a avaliação
é algo constante em nossas vidas que fazemos de modo “mecânico”, ou
seja, sem termos total consciência. De modo geral, tomamos como
referência para a nossa avaliação o bom senso, nossas experiências
pessoais e o conhecimento adquirido.
É importante recordar que antes de ser o seu cursista, o objeto da
avaliação da aprendizagem é um indivíduo, que é único, com
características, história de vida, habilidades, experiências e dificuldades
individuais que o tornam exclusivo. Para que esta individualidade seja
respeitada é necessário que o sistema de avaliação adotado considere
todos estes aspectos. Mais do que meramente uma determinada
quantidade de conteúdo memorizado, as turmas de EaD são caracterizadas
pela heterogeneidade de seus integrantes. Em outras palavras, um cursista
que não assimilou ainda um determinado conteúdo pode apresentar um
progresso individual muito maior do que outro que já domina,
simplesmente porque participam de estágios de conhecimento preliminares
diferentes. O tradicional esquema classificatório de avaliação desconsidera
este aspecto.
Neste sentido a avaliação não deve ser encarada como um aspecto isolado,
mas como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, devendo
estar articulada com o projeto pedagógico. A avaliação deve ser uma
ferramenta que permita mensurar a qualidade deste processo ao invés de
medir simplesmente a quantidade de informação assimilada. É fundamental
que a avaliação seja contínua, dinâmica, participativa, recuperativa e
construtiva. É importante que seja um processo qualitativo e não
meramente quantitativo.
Neste contexto, alguns aspectos sobressaem como idéias comuns a todas
as definições descritas acima:
_ A avaliação como parte importante na prática pedagógica;
_ A avaliação deve ser reflexiva;
_ A avaliação não é uma mera atribuição de nota;
_ A avaliação pressupõe que você faça algo a partir dela.
Ao elaborarmos instrumentos avaliativos, é importante ter em mente
algumas funções específicas do contexto educacional: a avaliação deve
diagnosticar, promover a auto-compreensão, motivar o crescimento e
aprofundar a aprendizagem.
Diagnosticar: Esta é a função básica da avaliação e confunde-se com o
próprio objetivo. Na sua função diagnóstica, como vimos anteriormente, a
avaliação cria uma base para a tomada de decisão sobre a atitude a tomar.
Neste contexto, cabe à avaliação na modalidade de EaD:
_ Verificar como os objetivos propostos estão sendo alcançados;
_ Verificar se os objetivos propostos estão sendo atingidos;
_ Identificar os problemas de aprendizagem em cada cursista;
_ Identificar e planejar formas de apoio a estes cursistas;
_ Obter subsídios para a revisão do material didático, do sistema de
apoio tutorial e do desenvolvimento geral do curso.
Promover a auto-compreensão do cursista e do professor: é base para o
desenvolvimento, pois é fundamental que cada um tenha consciência das
próprias limitações e potenciais, para a necessária tomada de decisão
sobre o rumo a seguir.
Motivar o crescimento: contrapondo-se ao sistema de verificação
convencional, que é desmotivador, a avaliação permite a identificação do
ponto onde está e, assim, do quanto já se progrediu e para onde seguir no
aprendizado. Este estímulo é fundamental para o cursista que não é
beneficiado com o contato diário com o professor. Assim, devem ser
evitados por parte do tutor eventuais comentários desmotivadores ou
desabonadores na avaliação.
Aprofundar a aprendizagem: os exercícios avaliativos são uma
oportunidade para o aprendizado mais aprofundado sobre os temas que
são abordados no material, como forma de fixação e aplicação. Neste
sentido, qualquer exercício avaliativo deve, antes de tudo, ser um exercício
de aprendizagem.
A avaliação das atividades deve ser feita de forma clara, concisa e sóbria,
nunca se deve desqualificar o trabalho do cursista. Não se recomenda o
uso de palavras rudes, agressivas ou humilhantes. Deve-se agir de
maneira amistosa, chamando atenção do cursista para os pontos que ainda
não foram alcançados, permitindo seu aprimoramento.
A devolução das atividades também é um ponto importante que deve ser
destacado. Mesmo quando o sistema educacional faz uso de meios de
comunicação a distância, como é o caso da EaD, o trabalho deve ser
devolvido ao cursista através do próprio tutor. Este procedimento faz com
que o cursista se sinta mais valorizado e possibilita um diálogo construtivo
entre o tutor e cursista, com comentários que vão ajudar na sua
aprendizagem.
Outro ponto chave que deve ser considerado é o tempo de resposta ao
cursista, ou seja, refere-se ao tempo que o tutor leva para responder ao
cursista. Na EaD o tempo de resposta é muito importante, pois o cursista
da modalidade de EaD é privado do contato diário face a face, e não é bom
que o cursista fique na expectativa, nem ao menos sem saber se a sua
colocação foi recebida pelo tutor. O tempo de resposta quando é longo,
torna-se desestimulante, e resulta na sensação de desamparo e
conseqüente evasão. Neste caso, é importante que o tutor mesmo que não
tenha uma resposta, dê um retorno imediato ao cursista informando que a
sua resposta está sendo providenciada, ou que a atividade está sendo
corrigida. Assim, a fim de planejar a sua ação tutoria, recomenda-se de
uma maneira geral que o tempo de resposta seja de 24 horas para
responder dúvidas dos cursistas, e uma semana para corrigir as atividades.
Pense sobre todas as informações que já foram discutidas nesta Unidade 2.
Diante de todos os temas, palavras-chave que foram abordadas, atividades
que foram propostas... Uma pergunta surge: O que deve ser avaliado?
Como podemos definir os critérios de avaliação na EaD?
Para responder estas questões devemos considerar alguns pontos, tais
como o objetivo geral de ensino e o momento social que estamos
vivenciando. Atualmente, o que se busca nos estudantes é o
desenvolvimento de competências nos vários campos do saber. Em outras
palavras, é importante que o indivíduo seja capaz de mobilizar recursos
cognitivos e emocionais para enfrentar situações complexas. Neste sentido,
no momento da avaliação, alguns aspectos devem ser considerados, estes
são a habilidade, domínio na linguagem, valores culturais, capacidade de
administrar emoções, o potencial de aprendizagem e o domínio dos
conteúdos didáticos.
Quando falamos de habilidades do estudante estamos nos referindo à
habilidade de fazer algo, falamos de capacidades adquiridas (físicas ou
mentais), que são dependentes de aprendizado ou treino. Este processo de
aquisição de habilidades varia entre indivíduos, pois depende de elementos
próprios. É importante que o estudante desenvolva habilidades que são
comuns em várias áreas do conhecimento, como a capacidade de
identificar, relacionar, associar, analisar, avaliar, manipular com destreza,
saber ouvir, entre outras.
O domínio da linguagem também é importante, e pode ser definido como
um conjunto de símbolos e/ ou sinais que possuem sentido dentro de um
contexto específico. Cada área do conhecimento possui a sua linguagem
própria e a capacidade de domínio desta linguagem é um dos atributos
indicativos da competência do indivíduo naquela área específica.
Considerando que a interação estabelecida entre professor e o cursista no
contexto educacional assume um papel importante, a apropriação pelo
cursista dos conteúdos ensinados só será satisfatória se o professor
conseguir se expressar na linguagem do cursista, que resulta do seu
contexto social. No entanto, podemos dizer que uma habilidade importante
para um professor ou tutor competente é a capacidade de saber ouvir e
entender a expressão do cursista na sua própria linguagem.
Os valores culturais são próprios de uma determinada sociedade e
estabelecem todo o contexto cultural da situação. Entretanto, o
conhecimento dos valores culturais vigentes é importante para a resolução
de qualquer situação complexa com a qual o indivíduo se depare.
É importante que seja criado um contexto de aprendizagem onde o cursista
aprenda a administrar as suas emoções, motivando a sua aprendizagem,
integrando o seu mundo cultural e emocional.
No processo de avaliação é importante que o professor tenha competência
para distinguir se os cursistas têm potencial para aprender
significativamente as questões propostas, ou se estes cursistas estão tão
somente decorando para uma prova. Quando um conhecimento é
elaborado significativamente, ele torna-se permanente para o indivíduo,
tornando-o mais apto para resolver um maior número de problemas. Na
aprendizagem repetitiva, não elaborada, o cursista não é capaz de
apropriar-se do conhecimento, tornando-se dependente para a resolução
de problemas específicos.
Quando elaboramos uma aula, investimos tempo, esforço, recursos
materiais e humanos para que um determinado conteúdo seja ensinado.
Todo este investimento só fará sentido se este conteúdo for efetivamente
importante para o progresso do cursista e, neste sentido, é importante que
o instrumento de avaliação seja capaz de detectar até que ponto o cursista
já adquiriu domínio sobre ele.
Nos dias atuais não faz sentido um modelo de ensino-aprendizagemavaliação
com base simplesmente no acúmulo de informações que possam
ser usadas sem consulta, como ainda é usado na escola tradicional. O
advento da informática faz com que esta necessidade de armazenar e
reproduzir informações sejam obsoletos. Neste sentido, torna-se muito
mais importante a capacidade de utilizar as informações do que somente
memorizá-las.
Na EaD o cursista não deve ser encarado como um receptor, acumulador e
repetidor de informações. É importante que o cursista nesta modalidade
seja responsável pela construção de seu próprio conhecimento, auxiliado
pelo tutor como mediador e facilitador do processo. O tutor é fundamental,
pois ele é responsável pela criação de condições propícias para que o
cursista desenvolva o seu processo individual de construção de
conhecimento.
4.2.1 Avaliando um fórum
A avaliação dos fóruns de discussão é um assunto que merece uma
reflexão profunda. Criar critérios fechados, com pontuação definida, pode
não ser a forma mais indicada, já que o fórum envolve opiniões pessoais
dos cursistas. Apresentamos aqui o modelo que a professora Liane
Tarouco (UFRGS) sugere como avaliação, baseada na participação e
perfil do aluno. O peso de cada item pode ser alterado (aqui está como
sendo de 1 a 6):
1. Passivo: só recebe as mensagens e não envia nenhuma contribuição
para o grupo;
2. Participações que não contribuem para a discussão em pauta;
3. Contribuição pontual isolada, em que somente cita definições,
apontando links da Internet. Não agrega contribuições ao grupo.
Somente sugere textos para leitura;
4. Contribuição questionadora, em que propõe dilemas, apresenta
alternativas e pede posicionamentos;
5. Contribuição debatedora, em que comenta contribuições anteriores
(com propriedade, responde, questiona, apresenta contra-argumentos
pró e contra);
6. Contribuição sintetizadora, em que coleta segmentos da discussão,
ajusta, adapta, elabora parecer conclusivo.
Ao final da discussão, as contribuições são categorizadas segundo as
modalidades acima propostas e os conceitos atribuídos em função do
total de pontos coletados por cada participante. Os valores são
inseridos numa planilha, tipo excel, para acompanhamento.
É importante esclarecer que este modelo não é rígido, podendo ser
utilizado como sugestão ou mesmo sofrer adaptações para casos
específicos.
4.2.2 Avaliando uma tarefa
Um dos aspectos importantes ao se fazer avaliação da aprendizagem é
que os seus critérios sejam claros para todos os participantes do
processo, permitindo que o cursista saiba o que se espera dele. Assim,
apresentamos aqui sugestões de alguns aspectos para a base de uma
avaliação de tarefa escrita:
- Atendimento ao objetivo da tarefa – cada tarefa tem um papel
pedagógico dentro do curso, não apenas como ferramenta de
verificação, mas como ferramenta de construção do aprendizado.
Portanto é importante que não haja fugas ao tema e objetivo
propostos.
- Coerência interna e externa do texto – os assuntos abordados devem
ser consistentes com o que está sendo estudado. A apresentação de
pontos de vista diferentes é sempre bem-vinda, desde que baseada em
sólida argumentação e tecnicamente fundamentada.
- Correção gramatical (concordância, pontuação, ortografia, inclusive
erros de digitação) – uma tarefa é um instrumento oficial de avaliação
e, como tal, um documento que ficará arquivado. Por esta razão a sua
elaboração deve ser criteriosa. Saber comunicar-se corretamente na
sua própria língua é o aspecto mais básico da competência
comunicativa.
- Estrutura e dimensionamento do texto – A seqüência lógica de idéias
e a capacidade de síntese são, também, aspectos importantes das
competências comunicativa e argumentativa, e estão diretamente
relacionadas à organização de raciocínio. Logo, a fluência seqüencial e
o atendimento ao número de páginas proposto serão considerados
como um dos critérios de avaliação.
- Pontualidade/data de entrega – embora uma das premissas da EaD
seja que o aluno estude no seu próprio tempo e espaço, este conceito é
comumente mal compreendido e abusado. Isto não significa que não
existam prazos, e sim que dentro dos prazos existentes o aluno possui
uma maior flexibilidade para ajustar o tempo de estudo de acordo com
suas necessidades. Não considerar este aspecto como um critério de
avaliação seria desmerecer o esforço daqueles que efetivamente
respeitam estes prazos.
- Uso adequado da ferramenta de aprendizagem – A EaD é sempre uma
forma de ensino-aprendizagem mediada de algum modo. Logo, o
domínio das ferramentas de interação é um aspecto de grande
importância.
- Participação individual em trabalhos de grupo – Em trabalhos em
grupo é atribuída a mesma nota a todos os integrantes do grupo que
efetivamente participaram de sua construção. Por esta razão
recomendamos que todas as interações e contribuições sejam feitas
dentro do AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), que permite
identificar cada participante. Integrantes do grupo que não
contribuíram efetivamente para o trabalho não receberão nota na
atividade.